“A indústria e o varejo têm que estar lado a lado, buscar soluções comuns, porque é o consumidor quem decide. Ignorar essa realidade é ter uma visão míope”, afirmou o consultor Marcos Gouvêa de Souza, da GS&MD, em palestra do seminário “Antecipação de Coleções + Antecipação de Liquidações”. O ideal, disse, é ter a entrega mais próxima do momento de compra do consumidor.
O especialista analisou que há uma reinvenção do varejo de moda no mundo todo e não apenas no setor calçadista, impulsionada pelo chamado Fast fashion, com entregas mais frequentes de mercadorias novas. Para o mercado de massa, observou Gouvêa, essa é a melhor prática atualmente. No vestuário, Zara é um ícone global com essa proposta. No Brasil, Riachuelo foi apontada por ele como exemplar.
No caso específico do mercado interno de calçados, Gouvêa lembrou aspectos da “nova realidade estrutural” que não podem ser esquecidos. Entre eles, a intensificação da internacionalização do varejo global, influenciando empresas de países emergentes, como o Brasil; o redesenho do consumo com a nova classe média; a influência das operações na internet, como netshoes e dafiti. “Eles podem trocar a vitrina a cada hora, mas são diferentes do varejo físico”, comparou.
Formatos – O especialista ainda mencionou o processo, também global, de consolidação das corporações varejistas, para se tornarem competitivas; e a expansão do comércio de calçados e roupas em outras redes (como Carrefour), para proporcionar experiência de compra ao consumidor. Na realidade atual, analisou, as marcas próprias se tornaram uma tendência sem volta e a diversificação de formatos e bandeiras (como pratica Arezzo) tendem a se estabelecer, para atender comportamentos específicos do consumidor.
Fonte: www.dcomercio.com.br – Publicado, 28/06/12 – Escrito por Fátima Lourenço