Medidas do governo e fim de ano elevam confiança do comércio, diz FGV

O efeito das medidas do governo e a proximidade das festas de fim de ano estão ajudando o comércio varejista a recuperar a confiança. Em outubro, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) apresentou algumas das maiores taxas da série histórica, iniciada em março de 2010. É o caso da taxa de -0,7% da média do trimestre até outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior (em setembro, a queda havia sido de 3,1% na mesma base de comparação). Foi recorde também a variação do Icom de 3,4% no mês, ante outubro de 2011, após queda de 1,4% em setembro, considerando a mesma base de comparação.

De acordo com a FGV, o destaque da sondagem de outubro, divulgada nesta segunda-feira, 05, foi o segmento de hiper e supermercados, cujo índice de confiança saltou de -2,7% para 1,6% na média trimestral, comparada ao mesmo período do ano anterior. Com isso, avançou também o varejo restrito – que exclui os dados relativos a automóveis, motocicletas e material de construção -, que passou de -2,3% para -1,1%, na mesma base de comparação. No Icom do mês, comparado a outubro de 2011, a confiança no segmento de hiper e supermercados cresceu 11,5%, após queda de 2,1% em setembro.

Apesar do avanço mais significativo em hiper e supermercados, o consultor técnico do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV) Jorge Braga ressaltou que o resultado favorável da pesquisa foi percebido em diversos segmentos varejistas, “o que demonstra que a recuperação do setor entra no último trimestre em ritmo mais aquecido”.

Prevalece em quase todo o comércio o otimismo quanto ao crescimento das vendas nos próximos meses. O Índice de Expectativa (IE), que compõe o Icom junto com o Índice de Situação Atual (ISA), avançou de -3,7%, na média trimestral até setembro comparado ao mesmo período do ano anterior, para -0,5% no trimestre concluído em outubro, considerando a mesma base de comparação. Este é o melhor resultado desde setembro de 2011 (0,0%).

“A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), da taxa de juros, o crédito fácil e a renda são fatores de influência na confiança do consumidor. As medidas do governo não têm efeito imediato e, com a proximidade das festas de fim de ano, a tendência é de otimismo”, afirmou Braga.

Fonte: www.dcomercio.com.br – Publicado, 05/11/12 – Escrito por Estadão Conteúdo

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