Alerta ao varejo

Pesquisa Ibope Media revela que a presença dos jovens na internet cresceu 50% de 2003 para 2013, passando de 35% para 85%. O salto tem a ver com as emergentes classes C, D e E, a proliferação dos smartphones e das promoções pré-pagas de acesso à internet e os espaços públicos com sinal liberado – wifi.

O estudo “O Jovem Digital Brasileiro” traz, porém, um alento para a mídia tradicional, pois 92% dos jovens assistem TV e 68% escutam rádio, mas é a internet, por meio das redes sociais, que os alertam para a programação e, alguns, poucos ainda leem jornais e revistas, embora busquem por títulos do mercado na internet para se informarem. O valor da credibilidade ainda se preserva ainda que em menor escala do que no passado não muito distante.

De acordo com Juliana Sawaia, diretora de Learning & Insights do IBOPE Media, há três fatores marcantes e que estabelecem a identidade do jovem digital: consumo, relacionamento e realização. Quanto ao consumo, observou-se que a maioria dos jovens já ganha o seu próprio dinheiro: 62% trabalham, 85% o fazem em tempo integral e 35% ainda conciliam o emprego com o estudo.

Entre os 38% dos jovens que afirmaram que não trabalham: 53% são estudantes em tempo integral, 37% estão desempregados e 6% procuram a primeira oportunidade. O jovem também valoriza o crédito: 58% possuem cartão de crédito e 23% têm cartão de loja/supermercado. Na opinião de 38% deles, o cartão de crédito possibilita a compra de coisas que normalmente eles não poderiam comprar.

O alerta ao varejo fica por conta da opção de compras pela internet, onde conseguem promoções e prazos mais elásticos e sem juros para o pagamento, além da rapidez na operação. O varejo tradicional que não lidar com essa situação, acabará por perder vendas.

Outro fator determinante para o varejo é a presença nas redes sociais. As agências brasileiras estão atentas para o fenômeno que levou marcas no exterior a se associarem com as famosas “selfies” de celebridades, usando camisetas e acessórios que passam a fazer parte do dia a dia de internautas.

E para se ter uma ideia, o comércio eletrônico brasileiro subiu 26% no primeiro semestre deste ano em comparação a igual período de 2013: somou R$ 16 bilhões de acordo com a E-bit, empresa de pesquisa. A liderança de vendas é do segmento de moda e acessórios (18%), seguido de cosméticos/ perfumaria/saúde (16%), eletrodomésticos (11%) e livros/assinaturas e revistas (8%). Não deixa de ser um sinal de alerta para o varejo.

Fonte: www.dcomercio.com.br – Publicado, 31/07/14 – Escrito por Carlos Franco

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