O dia é das mães, avós e sogras, diz BVS

Há boas perspectivas para o varejo em relação ao Dia das Mães, que será comemorado neste domingo. Uma pesquisa eletrônica realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) aponta que a maioria dos consumidores (86% dos entrevistados) planeja comprar presentes para suas mães, como seria de esperar. O importante é que 75% deles querem gastar mais ou o mesmo valor de 2013. Os itens mais citados são os de uso pessoal, como vestuário, calçados e cosméticos. Cerca de 73% disseram que escolherão estes itens (58% em 2013).

Outro dado que se destacou no levantamento é que muitos entrevistados pretendem proporcionar às mães atividades ligadas ao entretenimento, como viagens, passeios e almoços ou jantares fora de casa. Estas opções foram as mais mencionadas por pessoas das classes A (57%) e B (40%). Este grupo representa 26% do total de pesquisados neste ano, contra 17% no ano passado.

Além disso, outra mudança de comportamento na população pode ser positiva para o varejo nesta data. O estudo apontou que o Dia das Mães está deixando de ser exclusivamente delas, pois 28% dos entrevistados declararam que comprarão presentes para suas sogras, 17% presentearão suas avós e 15% suas esposas. Outro dado interessante é que parte das mulheres pretende se autopresentear. Entre as mulheres que responderam à pesquisa, 69% disseram que comprariam seus próprios presentes.

Para Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Boa Vista SCPC, os consumidores brasileiros dão cada vez mais sinais de que estão no controle de seus gastos. “Este levantamento, nesta data tão representativa para o comércio, reforça a sinalização que já tivemos em outros levantamentos: o consumidor demonstra que está disposto a consumir, mas sem perder o controle de seus gastos, o que é muito positivo”, afirmou.

Valores – Mais da metade dos pesquisados (57%) declarou que pretende gastar até R$ 200. O porcentual ocorre mais na classe E (77%), seguido pela D (62%). Um terço (27%) disse que dispenderia de R$ 201 a R$ 600 e apenas 16% disseram que estão dispostos a desembolsar valores acima de R$ 600. O estudo apontou que as mulheres gastarão menos que os homens, pois 67% disseram que estão inclinadas a pagar até R$ 200 pelos itens escolhidos, enquanto os homens que apontaram que gastariam a mesma quantia somaram 47%.

O levantamento mostrou que a classe social interfere significativamente nos gastos. Assim, 77% dos da classe E pretendem desembolsar até R$ 200. Na A, 41% pretendem gastar cifra superior a R$ 800. Na análise regional, 62% dos habitantes da região Sul gastarão até R$ 200, contra 58% no Sudeste, 51% no Centro-Oeste, 49% no Nordeste e 46% no Norte.

Quanto aos meios de pagamento, 62% pagarão à vista. O estudo indica que 43% utilizarão dinheiro e 33% cartão de débito, o que indica que a maioria não tem intenção de contrair dívidas ou utilizar quaisquer mecanismos de financiamento. Isso ocorre, principalmente, nas classes C (75%), D (80%) e E (82%). Outros 38% parcelarão o total gasto e, destes, 82% optarão pelo uso do cartão de crédito. Entre estes últimos, a maior incidência ocorre na classe B (100%), E (96%), D (93%) e A (88%).

Onde comprar – Os locais preferidos para realizar as compras serão as lojas físicas, para 79% dos pesquisados. Destes, 40% procurarão os shopping centers, principalmente as classes A (73%) e B (55%). Em segundo lugar estão as lojas de rua em bairros com um terço da preferência dos entrevistados da classe E (43%). Por região, os habitantes do Norte preferem as lojas de departamentos e grandes redes varejistas (47%). No Sul, a maioria das compras ocorrerá em lojas de bairro e os shopping centers serão os estabelecimentos preferidos pela população das demais regiões.

Fonte: www.dcomercio.com.br – Publicado, 6 Maio 2014 – Escrito por Paula Cunha

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