Indústria brasileira continua parada

Fábio Silveira

Em junho de 2012, a indústria brasileira deu um pequeno suspiro. Cresceu 0,23% em relação ao mês anterior, na série dessazonalizada. Mas é muito pouco para se falar no começo da recuperação do setor. O desempenho do segmento de bens de consumo, apesar de incentivos monetários e fiscais, segue bastante debilitado. É verdade que sua produção cresceu 2,9% em junho. Esta variação, entretanto, somente compensou o recuo apresentado em maio de 2012 (- 3,0%). Na prática, portanto, este segmento retornou ao nível deprimido de abril de 2012, quando se situava 1,7% abaixo do patamar médio de 2011.

A evolução do segmento de bens de capital é pior. Elevou-se 1,4% sobre maio de 2012, mas efetivamente voltou à marca de março, quando sua produção estava em nível 11,2% inferior ao da média do ano passado. A enorme debilidade deste segmento não constitui surpresa, pois desde o 3º trimestre de 2011 seus clientes domésticos vêm engavetando projetos; e suas exportações estão minguando, por conta dos efeitos da crise global. Finalmente, a produção de bens intermediários (produtos petroquímicos, siderúrgicos, papel, etc.) caiu 0,89% em relação a maio de 2012, mantendo a trajetória declinante verificada desde maio de 2011, por conta do enfraquecimento acentuado tanto das suas vendas internas, como externas.

Ano I, ed.03

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Fonte: www.boavistaservicos.com.br

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