O nível de emprego paulista com carteira assinada entre as atividades do setor de serviços tem se mantido estável ao longo de 2012 – com dados acumulados até abril –, alavancado, especialmente, pelos novos negócios concebidos por empreendedores de pequeno porte. “Os pequenos investimentos e a melhora da renda familiar ativaram o mercado”, afirma o vice-presidente da Federação de Serviços do Estado de São Paulo (Fesesp), José Luiz Nogueira Fernandes.
Ao longo do período, o número de postos preenchidos se manteve em crescimento, até atingir, ao final de abril, 7,1 milhões de empregos com registro em carteira. Na comparação com o mês anterior, foi uma alta de 0,4%, abaixo da média envolvendo todos os setores, de 0,6%, ressalva Fernandes, se referindo ao crescimento mensal do “estoque” total de empregos no estado paulista, de 13,6 milhões de postos naquele mês.
Na mesma base de comparação, o emprego formal do comércio paulista cresceu acima da média (0,7%) e finalizou abril com 2,6 milhões de vagas preenchidas. Na indústria de transformação, com 2,7 milhões de postos ocupados, o crescimento foi de 0,3%; na construção civil, de 1,2% (734,691 mil vagas); na agropecuária, 3,2% (359,127 mil); e na atividade extrativa mineral, de 55%, com 31,712 mil empregados com carteira assinada.
Evolução – O vice-presidente da Fesesp explica que o estudo, com dados comparativos de 2006 até abril de 2012, marca a primeira divulgação da Pesquisa Mensal de Emprego em Serviço que a entidade passa a fazer, para acompanhar a evolução do emprego com carteira assinada em São Paulo.
O estudo é elaborado com dados do sistema RAIS-Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O levantamento indica que os maiores crescimentos em abril de 2012 foram registrados nos serviços privados não financeiros, como turismo e cabeleireiro, e no segmento que incorpora educação, saúde e assistência, ambos com crescimento mensal de 0,5% – e com 4,1 milhões e 1,067 milhões de postos de trabalho, respectivamente. A administração pública paulista, com crescimento de 0,2%, fechou o mês de abril com 1,655 milhões de empregos formais.
O vice-presidente da Fesesp analisa que o desempenho do setor poderia ser ainda melhor. São empecilhos, segundo sua análise, a dificuldades de crédito e a qualificação da mão de obra.
Fonte: www.dcomercio.com.br – Publicado 11/06/12 – Escrito por Fátima Lourenço