No ranking das ocupações mais procuradas entre julho de 2009 e março deste ano em São Paulo, o comércio de roupas está em primeiro lugar, com 48,221 mil inscrições. – Paulo Pampolin/Hype
Mais da metade das empresas constituídas no Estado de São Paulo, no primeiro trimestre deste ano, foram abertas por empreendedores individuais. Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e da Receita Federal mostram que, no período, foram abertos 133.656 negócios. Desses, 85.051 mil são conduzidos por empreendedores que escolheram a modalidade conhecida como Empreendedor Individual (EI). No estado, eles já somam 500 mil.
A nova modalidade jurídica empresarial recebe tratamento tributário diferenciado como forma de estimular a formalização de negócios. Para se registrar como EI, o empreendedor deve ganhar até R$ 60 mil por ano. A legislação permite a formalização de mais de 400 atividades empresariais. No ranking das ocupações mais procuradas entre julho de 2009 e março deste ano em São Paulo, o comércio de roupas está em primeiro lugar, com 48,221 mil inscrições, seguido dos salões de cabeleireiro, com 44,641 mil registros.
Em 2011, também houve um avanço da formalização no estado por conta dessa modalidade jurídica. Das 444,6 mil empresas constituídas, 54%, são de empreendedores individuais. Segundo o presidente da Jucesp, José Constantino de Bastos Júnior, o número de inscrições deve continuar crescendo por um longo período, abrindo caminho para a migração para outros modelos empresariais. “Há um contingente enorme de informais no estado. Em 2007, eram mais de 3 milhões de pessoas na informalidade. O EI é uma porta de entrada para a formalização pois é o modelo tributário mais barato do ponto de vista tributário e burocrático.”
Bastos atribui a expansão do número de inscrições à mudança na legislação ocorrida no final de 2011, quando o limite de faturamento anual passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil.
O segundo modelo jurídico com maior participação no total de empresas abertas no estado é o de empresários individuais, que somaram 23,54 mil no primeiro trimestre deste ano, seguido das sociedades limitadas (22,73 mil) e Eireli – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – (2,087 mil). Esse último modelo entrou em vigor em janeiro deste ano.
Fonte: www.dcomercio.com.br (10/04/12 – Escrito por Sílvia Pimentel)
