O coelho da Páscoa traz mais que chocolates às pessoas nesta época do ano. Devem ser criadas 73,3 mil vagas temporárias em todo o País para atender as demandas criadas pela data tanto na indústria quanto no comércio. O número é 4,1% maior que o total de contratações observado na mesma data em 2012. A projeção foi feita pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).
Segundo a entidade, 8% deste contingente têm chance de efetivação neste ano ante 10% observados no ano passado. Cerca de 12,5 mil devem ser jovens que encontraram seu primeiro emprego. Apesar da queda nas percentagens de perspectiva de efetivação, Jismália de Oliveira Alves, presidente da Asserttem, considera os números positivos.
Ela ressalta que o contrato temporário tem assumido um papel de inclusão de jovens e de reinserção para aposentados que querem voltar ao mercado de trabalho. Jismália acrescenta que, no caso específico da Páscoa, as contratações começaram em setembro de 2012 nas indústrias para atender a demanda por parte dos consumidores que, estimulados pelo recente crescimento na criação de postos de trabalho, passaram a consumir mais itens que estão fora da cesta básica.
A presidente da Asserttem lembra que a economia do cacau movimenta por ano aproximadamente US$ 450 milhões no mercado brasileiro, com a produção de 18 mil toneladas de itens para comemorar a data, com destaque para os 80 milhões de ovos comercializados em mais de 800 mil pontos de venda em todo o País. “O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de cacau e o terceiro maior consumidor de chocolate, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da Alemanha na aquisição deste alimento. Por isso, o período é importante porque estimula a economia e gera empregos em diversos ramos da cadeia produtiva, como o de embalagens”, acrescenta Jismália.
Neste ano, a expectativa é de que somente o comércio absorverá 40% dos temporários, ou seja, eles serão efetivados após o contrato de Páscoa. A percentagem é considerada positiva, mas Jismália ressalta que houve dificuldade para a contratação da mão de obra necessária neste ano. Por isso, muitas empresas diminuíram as exigências durante o processo de seleção. Assim, para uma parte dos candidatos foi até possível escolher o posto temporário mais conveniente às suas expectativas e necessidades.
Funções – No comércio, as principais funções oferecidas devem ser ocupadas por mulheres (cerca de 60%) nas posições de balconista, degustador, demonstrador e repositor. Os requisitos para a contratação incluem idade mínima de 18 anos, ensino médio completo, facilidade para lidar com o público, entusiasmo, criatividade e organização. Quanto à remuneração, ela varia de R$ 750 a R$ 1,3 mil, com direito a benefícios como vale-refeição e transporte, além de premiação por desempenho. (veja quadro com as perspectivas de efetivação).
Na indústria, os postos oferecidos são os de auxiliar de produção, de expedição e de cozinha, motorista, entregador, promotor de vendas, estoquista e operador de empilhadeira. Os salários oscilam de R$ 800 a R$ 2,2 mil, com direito aos vales-refeição e transporte. A expectativa é de que 53% das posições devem ser preenchidas por homens.
De acordo com a Asserttem, os candidatos com experiência anterior têm maior chance de contratação, mas ela não é uma exigência por parte das empresas.
Regiões – A região Sudeste é a que registrou o maior número de profissionais contratados em regime temporário neste ano com 38.457 posições, o que equivale a 52,1% do total em todo o País, conforme a associação da categoria. Em seguida, vem a região Sul com 15.506 vagas (21%); a Nordeste, com 10.524 (14,2%); a Centro-Oeste com 15.506 postos (8,39%) e a Norte, com 3.209 ou 4,11%.
Fonte: www.dcomercio.com.br – Publicado, 14/03/13 – Escrito por Paula Cunha